Antes, era comum acreditar não ser possível substituir peças originalmente feitas em metal por plástico, porém, com a busca por redução de peso e a melhora da performance em peças, essa substituição vem sendo cada vez mais procurada.
Existem poucos estudos a respeito do processo de usinagem em plásticos industriais, principalmente no Brasil. Por isso, e pelas peculiaridades dos materiais poliméricos, muito do que se conhece hoje é obtido empiricamente, através da experiência e “know-how” adquiridos por empresas especializadas em usinagem de plásticos, e por parâmetros recomendados pelos fabricantes de materiais. [1]
Porém, com o aumento do investimento em tecnologia e estudo em usinagem de plásticos, é possível, hoje, conseguir excelentes resultados, ganhando destaque no fornecimento nacional e internacional de peças usinadas em plástico.
Mas então é possível atualmente fazer essa substituição do metal para o plástico industrial resultando em um produto viável e funcional?
Além do baixo peso especifico resultando em peças mais leves, o uso do plástico de engenharia na indústria pode trazer diversas vantagens como por exemplo, considerando um polímero cada vez mais utilizado, o Poliacetal (POM) comercialmente conhecido com Delrin, podemos destacar vantagens como: melhor acabamento, maior flexibilidade de projeto, melhor resistência química e à corrosão, ótima usinabilidade e trabalhos em diversas temperaturas (-40°C á 110°C) além de poder ser usado em contato direto com alimentos.
Ou seja, os plásticos de engenharia vem ganhando espaço, sendo uma ótima solução para projetos que necessitam de peças leves, atóxicas, com boa usinabilidade e com custo reduzido, desde que, produzidas por profissionais com um bom entendimento em termoplásticos e respeitando suas propriedades mecânicas, esses polímeros resultam em um produto funcional e com alta rigidez.
[1] FERNANDES, M.; CORRÊA, M.; LEITE, W.; WIEBECK, H.; DIAZ, F.; TOFFOLI, S. – USINAGEM DE PLÁSTICOS DE ENGENHARIA. UMA OPÇÃO DE PROCESSAMENTO.